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O diretor presidente da Eneva, Pedro Zinner, disse que não vê mudança no nível de despacho térmico em 2018 e aposta em um cenário semelhante ao que está ocorrendo em 2017. A Eneva é uma das maiores geradores privadas de energia térmica do país, operando 2,2 GW em usinas no Nordeste, região que atualmente depende das térmicas e das eólicas para o atendimento da demanda elétrica, em razão da crise hídrica que, há alguns anos, vem impactando negativamente a produção hidrelétrica das usinas na Bacia do Rio São Francisco.

“Na nossa visão, o cenário de 2017 vai se repetir, com um primeiro semestre de despacho mais baixo e um segundo semestre mais próximo de 100%, colocando o nosso despacho na média de 50%, 55%”, respondeu o executivo ao ser questionado por analisas de mercado em teleconferência realizada nesta sexta-feira, 10 de novembro.

Zinner explicou que apesar das chuvas estarem acima da média nessas semanas, indicando que o período úmido começou, as restrições no sistema elétrico no submercado Norte persistem, limitando a exportação de energia hidrelétrica do Norte para as regiões Nordeste e Sudeste.  “A potência instalada das UHEs a fio d’água [no Norte] vai ser muito maior do que as linhas de transmissão existentes.”

Nem mesmo o adiantamento da entrada em operação do primeiro bipolo de Belo Monte, de março de 2018 para dezembro 2017, deve melhorar a oferta de energia na região Nordeste, permanecendo o cenário de dependência das fontes térmica e eólica.

“Apenar desse adiantamento, isso não vai impactar a nossa visão de despacho”, disse o diretor de Exploração e Produção da Eneva, Lino Lopes Cançado. “Mesmo com o adiamento do primeiro bipolo e com as máquinas que já estão programadas para entrarem em Belo Monte no primeiro semestre, ainda permanece a restrição de transmissão. Não existe capacidade de escoamento de energia que seja capaz de escoar toda essa geração”, afirmou o executivo.

Segundo Cançado, mesmo com a Aneel promovendo leilões para substituir sistemas que deveriam ser construídos pela Abengoa, o cenário de restrição do escoamento do Norte e Nordeste não deve ser resolvido até 2022. “Existe um portfólio de parte das linhas da Abengoa que está sendo colocado em licitação. Mas mesmo assim as conversar que mantemos com diversos agentes da indústria indicam que o problema não vai estar resolvido até 2022, 2023.” A Eneva opera o Complexo Parnaíba (MA-1.427MW), a UTE Itaqui (MA-360 MW), a UTE Pecém II (CE-365 MW) e a UFV Tauá (CE-1 MW).