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A Cemig fechou os três primeiros meses do ano com lucro de pouco mais de R$ 1 bilhão, queda de 9,9% ante o valor de R$ 1,2 bilhão do mesmo período do ano passado. O lucro ajustado foi da mesma ordem de grandeza, mas com queda de 11,5% na mesma base de comparação. O resultado ebitda recuou 8,3% para R$ 1,7 bilhão.
A receita líquida aumentou 8,7% para R$ 9,8 bilhões. Contudo, os custos aumentaram 13,8% nesse período, levando o lucro bruto da companhia para um patamar 9,1% menor, para R$ 1,8 bilhão ante os R$ 2 bilhões dos três meses de 2024.
Por segmento, a Cemig GT fechou o trimestre com lucro ajustado de R$ 537 milhões, alta de 8,5%. Já a distribuidora reportou ganhos de R$ 297 milhões, retração de 7,8% e na Gasmig a queda foi de 2,6%, para R$ 114 milhões. Em termos de resultado operacional, medido pelo ebitda ajustado a Cemig D aparece com alta de 7%, para R$ 798 milhões e a GT com R$ 744 milhões, retração de 4,7%, enquanto a Gasmig vem com queda de 2,3% com R$ 213 milhões.
A Cemig faturou, aproximadamente, 9,46 milhões de clientes em março de 2025, com crescimento de 205 mil clientes, o que equivale a um aumento de 2,2% na base de consumidores em relação a março de 2024. Deste total, 9.462.384 são consumidores finais e de consumo próprio e 2.372 são outros agentes do setor elétrico brasileiro.
O fornecimento de energia para clientes cativos somado à energia transportada para clientes livres e distribuidoras, excluindo a energia compensada de GD, totalizou 11.995 GWh no trimestre. Esse volume representa uma redução de 0,3% em relação ao mesmo período de 2024. A estatal mineira explica esse resultado como decorrente do menor consumo das classes rural (redução de 59,7 GWh ou 9,7%), comercial ( com 53,5 GWh a menos ou 3,2% de queda) e serviços públicos (com 44,9 GWh ou 5,3%) em função de migração para GD e maior volume de chuvas, reduzindo a necessidade de irrigação.
Já a a classe residencial apresentou aumento de consumo de 72,5 GWh ou 2,2%, assim como a classe industrial com alta de 58,9 GWh ou 1,1%. “A redução de 0,3% no total de energia distribuída resulta da redução de 6,5% no consumo do mercado cativo, parcialmente compensada pelo aumento de 5,8% no uso da rede pelos clientes livres. Considerando a energia compensada GD, a energia distribuída cresceu 1,8%”, diz a Cemig em seu release de resultados.
Em termos de qualidade de fornecimento, o DEC e o FEC ficaram dentro dos limites regulatórios estabelecidos pela Aneel. As perdas também apresentaram resultado abaixo da meta regulatória da janela de 12 meses. Ficou em 10,49% ante meta de 10,50% em perdas totais. As técnicas somaram 8,01% e as não técnicas ficaram em 2,48%.
A energia vendida pela Cemig GT e pela Cemig Holding, excluindo CCEE, foi 9,3% maior que no mesmo período do ano passado. A energia faturada pela Cemig GT totalizou 5.839 GWh (incluindo energia de cotas), aumento de 12,7% em comparação. A Cemig Holding registrou vendas de 4.763 GWh, aumento de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. A migração de contratos de compra de terceiros da Cemig GT para a Cemig Holding se iniciou lá em 2021 e vem acontecendo gradualmente desde então, já tendo atingido aproximadamente 60% do volume.
O investimento total realizado no trimestre foi de R$1,2 bilhão, um crescimento de 18,6% em relação ao mesmo período de 2024. Os principais destaques foram: investimento de R$979 milhões realizado pela Cemig Distribuição, conexão de mais de 200 mil novos clientes, energização de 172 equipamentos em 12 subestações de transmissão, conexão de 11 MWac de capacidade instalada (15,6 MWp) em geração distribuída fotovoltaica e a construção de 40 km de gasodutos pela Gasmig. Entre 2025 e 2029 estão planejados investimentos de R$39,2 bilhões, sendo R$6,35 bilhões em 2025.
A dívida liquida da companhia ficou em R$ 10,5 bilhões, uma alta de 6,1% ante o mesmo período de 2024. A alavancagem ao final de março era de 1,41 vez a relação entre a dívida líquida e o resultado ebitda, alta em relação ao que apontava em 2024 que estava em 1,3 vez.