Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Para continuar tendo acesso a todos os nossos conteúdos, escolha um dos nossos planos e assine!
Redação
de R$ 47,60
R$
21
,90
Mensais
Notícias abertas CanalEnergia
Newsletter Volts
Notícias fechadas CanalEnergia
Podcast CanalEnergia
Reportagens especiais
Artigos de especialistas
+ Acesso a 5 conteúdos exclusivos do plano PROFISSIONAL por mês
Profissional
R$
82
,70
Mensais
Acesso ILIMITADO a todo conteúdo do CANALENERGIA
Jornalismo, serviço e monitoramento de informações para profissionais exigentes!

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica mostra-se preocupada com a proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica de reduzir o wacc regulatório para o próximo ciclo de revisão tarifária que começa a ser aplicado a partir de 2018. Na avaliação da entidade, o ideal para o momento que o segmento das distribuidoras vive é o de aumento em relação ao ciclo anterior que foi estabelecido em 8,09%.

De acordo com o presidente executivo da Abradee, Nelson Fonseca Leite, reduzir o índice de remuneração neste momento pode prejudicar os investimentos das empresas, ainda mais neste momento que as companhias precisam realizar aportes para a modernização da rede para enfrentar os desafios dos próximos anos.

“Se o wacc realmente cair, nós vamos ter uma situação de desequilíbrio que compromete os investimentos”, afirmou  o executivo. “A proposta anterior de um wacc de 7,24% trouxe uma avaliação negativa do mercado porque esse indicador traria impacto como a redução dos investimentos das distribuidoras, esse efeito seria de R$ 1,3 bilhão na parcela B o que reduziria a capacidade das empresas em R$ 4 bilhões considerando uma alavancagem na casa de três a quatro vezes a relação entre a dívida líquida e o ebitda das empresas”, reafirmou.

Pela proximidade na mudança da proposta da Aneel, deliberada em reunião da diretoria nesta terça-feira, 14, a entidade ainda não calculou o novo impacto que o índice de 7,7% pela remuneração do investimento e que entrou em audiência pública terá. Mas na avaliação do representante setorial, o indicador deveria ser mais elevado face os riscos que investir em novas tecnologias e em inovação trazem. “Quando trabalhamos com um nível de risco mais elevado a remuneração deve ser mais elevada”, disse ele lembrando de uma regra básica da economia.

A proposta da Aneel para a atualização do custo médio ponderado de capital a ser considerado nas próximas revisões tarifárias das distribuidoras reduz o valor da taxa de retorno dos 8,09% para 7,71%, em termos reais. O valor do custo do capital próprio, considerando os impostos, é de 10,12% ao ano, enquanto para o capital de terceiros foi considerado o percentual de 56,18% do  capital total. Esse índice é maior que o valor preliminar de 7,24%, da Nota Técnica 180, publicada em outubro. A revisão foi apresentada na NT 189, a partir da análise de dados de risco de crédito, das séries de inflação, do risco país e da RGR.

A audiência terá duas etapas. Na primeira a agência recebe contribuições entre 16 de novembro e 15 de dezembro e na segunda serão recebidas manifestações em relação às sugestões recebidas na primeira etapa no período de 20 de dezembro a 12 janeiro de 2018. Está prevista também reunião pública no dia 13 de dezembro no auditório da Aneel, em Brasilia.