O verão é a época em que Santa Catarina recebe milhares de turistas, fator que exige atenção ao comportamento do sistema elétrico, sobretudo nas regiões litorâneas. Historicamente, de dezembro a março há também o registro de grande quantidade de situações climáticos que afetam o desempenho do fornecimento de energia, como temporais, ventanias e descargas atmosféricas.

Para garantir o abastecimento adequado de energia elétrica em quantidade e confiabilidade do sistema, há pelo menos quatro anos a Celesc vem adotando um padrão de trabalho durante este período do ano e que tem demonstrado resultados positivos. O conjunto de ações melhorou em 30% os índices coletivos de continuidade DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), que medem a qualidade do sistema elétrico, do verão de 2013/2014 para o verão de 2016/2017. Também cabe salientar a realização de importantes aportes de recursos, como cerca de R$ 90 milhões no sistema elétrico de alta tensão e de aproximadamente R$ 250 milhões nas redes elétricas de média e baixa tensão.

O sistema de alta tensão catarinense conta com cerca de 5.500 Km de linhas de transmissão de 138 kV e 69 kV, com 293 transformadores de potência e capacidade de 7.119 MVA. A repotencialização da Subestação Camboriú 138 kV, que teve sua capacidade ampliada em 2,5 vezes é um dos destaques entre os aportes realizados nessa área. A distribuidora também investiu na construção da Subestação Bombinhas 34,5 kV e da Subestação Maravilha 138 kV; e em ampliações e melhorias em oito subestações: Pinhalzinho, Braço do Norte São Basílio, Arabutã, Ermo, Indaial, Porto Belo e Roçado. No sistema elétrico de média e baixa tensão, que possui cerca de 150 mil km de extensão, foram realizadas obras de melhorias e ampliações, contemplando 26 novos alimentadores, cerca de 3 mil novos transformadores de distribuição, e incremento das redes com cabo protegido.

Também foram aplicados recursos no Programa de Automação da Distribuição, que conta com 1.090 religadores telecontrolados em operação, que permitem dividir circuitos e remanejar cargas e autorreconfiguração ou self healing, que de forma automática, em caso de ocorrências emergenciais, faz o sistema se autorreconfigurar por meio de religadores, remanejando os consumidores para outros circuitos.

Em 2017, a Celesc contabilizou recursos da ordem de R$ 40 milhões em ações de manutenção para prevenir ocorrências no sistema elétrico catarinense. Pelas características do estado, o contato da vegetação com a rede elétrica é a principal causa de desligamentos no sistema, estando na origem de cerca de 40% das ocorrências. Por isso, de forma preventiva, a companhia intensificou as ações de poda e roçada da vegetação próxima à rede elétrica. Na região da Grande Florianópolis o número de equipes que realizam esse serviço foi mais que duplicado.