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Aos poucos a Chesf vai conseguindo concluir um conjunto de obras atrasadas, mas que continuam importantes para a melhoria do sistema elétrico brasileiro. Em 2017, a estatal colocou em operação o maior número de empreendimentos entre as empresas do grupo Eletrobras, estabelecendo um novo recorde de entregas em um único ano.

Ao todo, foram 24 empreendimentos no Nordeste, um total de 433 km de linhas de transmissão, dois parques eólicos, cinco novas subestações, adicionando 61,1MW e 3.420 MVA ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O investimento de R$ 860,7 milhões vai garantir à empresa uma receita anual de R$ 77,8 milhões ao longo do período de vigência dos contratos de concessão.

Em entrevista à Agência Canal Energia, o presidente da Chesf, Sinval Zaidan Gama, explicou que o desempenho alcançado é fruto do planejamento feito no início do ano. “Mostramos quais eram os desafios que tínhamos, as receitas que teríamos, e qual era a solução econômica”, afirmou.

A transferência de um conjunto de Sociedades de Propósito Específico (SPEs) para a holding Eletrobras deu um novo folego financeiro para a Chesf. “Os recursos que entraram foram para construir as obras. Colocamos como meta concluir 24 obras”, detalhou Gama. “Hoje foi um dia muito significativo porque o balanço mostra que atingimos 100% das metas propostas”, comemorou.

Para este ano de 2018, a Chesf pretende entregar mais 37 obras e iniciar outras para que até o final do primeiro semestre de 2019 a empresa elimine todas as pendências e volte a ficar em dia com o setor elétrico.

Caducidade

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pediu a caducidade de cinco empreendimentos de transmissão outorgados em favor da Chesf, localizados no Nordeste, conforme publicamos em reportagem na semana passada. Algumas deveriam estar em operação desde 2008.

O presidente da Chesf explicou que esses projetos são “impossíveis” de serem concluídos, e que foi a própria empresa que procurou à Aneel para devolver as obras. “Nós tínhamos mais de 100 empreendimentos atrasados e fizemos uma estratégia para concluir todos. Contudo, nos deparamos com cinco projetos que não temos possibilidade de concluí-los, ou porque a licença ambiental é impossível, ou por questões fundiárias insolúveis.”

De acordo com Gama, como o compromisso assumido pela sua administração é de não deixar nenhuma obra atrasada, a solução foi tentar devolver as obras, para que a Aneel pudesse redefinir esses projetos. Porém, a Aneel não aceitou a devolução e instaurou um processo de caducidade. “Como esse é um processo legal, regulamentar, nós temos que tomar providências para que tanto o sistema, como agência, quanto a Chesf não tenham prejuízos com esse desdobramento.”

Capacidade ampliada

Com essas entregas, a Chesf conectou parques eólicos ao SIN, garantiu maior capacidade de transformação e com melhorou a qualidade do fornecimento de energia para consumidores residenciais, comerciais e industriais no Nordeste. Entre os destaques estão o reforço no atendimento às regiões metropolitanas de Fortaleza, Teresina, Aracaju e Salvador, além da melhoria na confiabilidade de todo o sistema da Região.

“Estamos cumprindo nosso objetivo de garantir a conclusão das obras, gerar receita e, dessa forma, nosso planejamento é entregar todos os empreendimentos da nossa carteira de investimentos até 2019. A Chesf está empenhada nas realizações que garantam energia para o desenvolvimento do Nordeste e de todo o país”, afirmou Gama.

Entre os estados com maior número de obras, estão Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe e Ceará. Na Bahia, estão localizados os parques eólicos de Casa Nova II e III, além das subestações de Igaporã III, Casa Nova II e linhas de transmissão respectivas.

No Rio Grande do Norte, entraram em operação a subestação de Touros e as linhas Touros/Ceará-mirim II e Mossoró IV / Mossoró II. As subestações de Jardim, na região metropolinada de Aracaju, e Itabaianinha são de grande relevância para o estado de Sergipe.

As obras realizadas nas Subestações de Fortaleza II e Pici II, no Ceará, foram fundamentais para reforçar a disponibilidade de energia na região metropolitana da capital cearense. Em Salvador, foi concluída a Subestação Cotegipe. Já na região metropolitana de Teresina, houve a entrega da nova subestação Teresina III.

Parques eólicos

Foram concluídos os parques eólicos Casa Nova II e III, localizados no município de Casa Nova, na Bahia. Com investimentos de R$ 275 milhões, os empreendimentos têm capacidade instalada total de 61,1 MW, com potencial para fornecer energia para cerca de 57 mil residências. Os últimos projetos de geração concluídos pela Chesf foram há 20 anos.

Na última sexta-feira, 29 de dezembro, foi realizada solenidade, na Sede da Chesf, no Recife, para marcar a conclusão desses empreendimentos. O evento contou com a presença do diretor de Geração da Eletrobras, Antônio Varejão (ex-diretor de Engenharia da Chesf), e do presidente da Wobben, Fernando Real, empresa responsável pelo fornecimento dos aerogeradores, e de parte da equipe que viabilizou a obra.

A finalização dessas obras faz parte da agenda de entregas da diretoria de Engenharia e Construção da Chesf, que intensificou, nos últimos dois anos, o ritmo na implantação dos empreendimentos de transmissão e geração.

O diretor de engenharia, Roberto Pordeus, reforçou a importância da companhia voltar a inaugurar empreendimentos próprios de geração. “Os parques Casa Nova II e III fazem parte do quadro de grandes realizações da empresa”, disse.

Varejão destacou a união e integração entre as várias áreas da Chesf, a dedicação, competência e sinergia no trabalho das equipes das áreas de engenharia, operação, jurídica e outras. “Esse trabalho conjunto fez a diferença no sucesso do empreendimento, pois buscaram a conclusão, com muito foco e objetivos comuns”.

Modernização

O ano de 2017 também marcou o retorno de grandes investimentos em modernização dos sistemas em operação. A Chesf investiu R$ 95,5 milhões em obras de melhoria do seu sistema de geração e transmissão de energia. Foram 62 intervenções, sendo 25 delas na área de Proteção e Automação. Esses investimentos representam mais confiabilidade no sistema Chesf, modernização de equipamentos e segurança.

O diretor de Operação João Henrique Franklin afirmou que os índices operacionais foram os melhores dos últimos anos, superando as metas estabelecidas no Contrato de Metas e Desempenho das Empresas Eletrobras.