O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) irá captar 100 milhões de euros com o Banco Europeu de Investimento (BEI) para financiamento de projetos relacionados à economia sustentável, como usinas solares, de bioenergia ou as pequenas centrais hidrelétricas, além da parte de eficiência energética. O contrato foi assinado nesta segunda-feira, 21 de outubro, em cerimônia na sede do BEI, em Luxemburgo, que contou com a participação do presidente do BDMG, Sergio Gusmão Suchodolski, e da diretoria da instituição europeia. Esta se trata da maior operação internacional da história do banco mineiro e a primeira do BEI em Minas Gerais.

Segundo o Banco, poderão ser atendidos projetos no estado de empresas de qualquer porte, com custo máximo de 50 milhões de euros por projeto. Iniciativas do poder público também poderão ser contempladas. O prazo para pagamento pode chegar a 13 anos, dependendo da natureza da operação e do tipo de negócio, com até dois anos de carência. Suchodolski ressaltou o ineditismo da parceria, destacando que o BEI é o maior emissor de green bonds (títulos verdes) do mundo. “Esta operação é uma oportunidade especial de contribuirmos para a diversificação da matriz econômica de Minas Gerais e de posicionar o estado no mapa mundial dos grandes investimentos em sustentabilidade”, comentou.

Conforme o presidente, os recursos chegam no momento em que o mercado de energia limpa e renovável mostram ascensão, reunindo grande potencial no estado. “Neste contexto, é compromisso do BDMG proporcionar recursos para apoiar o relançamento da economia mineira em bases sustentáveis e em sintonia com o perfil de crédito disponibilizado no mundo”, concluiu, afirmando que os recursos do BEI serão liberados em fases, e que pelo acordo, poderão ser até 20 repasses.

Nos primeiros nove meses deste ano, o Banco mineiro já desembolsou R$ 31 milhões para projetos de energia solar fotovoltaica – um dos principais focos de investimento da parceria BEI/BDMG. O valor é 142% maior do que o liberado no mesmo período do ano passado. Com os novos recursos, a ideia da instituição é impulsionar o financiamento a investimentos com a maior agilidade possível, a depender da entrada e do andamento dos projetos em carteira.