O consumo de eletricidade subiu 0,6% no mês de setembro. Dados da Resenha Mensal publicada pela Empresa de Pesquisa Energética referentes ao mês de setembro mostram que no Brasil o consumo chegou a 39.183 GWh. O maior aumento de consumo ficou no subsistema Norte, com crescimento de 8,1% e o menor no Sudeste/Centro-Oeste, que subiu 0,1%. O Sul teve aumento de 0,5% no consumo, enquanto a região Nordeste foi a única a apresentar recuo, com queda de 1,2%.

Por segmento, a classe industrial teve uma redução de 2,2% no consumo. De acordo com a EPE, o ramo metalúrgico cresceu 1,2% no mês impulsionado pela região Norte, subindo 44,3%, No Nordeste, que teve queda de 1,8%, a siderurgia e as ferroligas na Bahia puxaram o resultado negativo do segmento na região em setembro, apesar do avanço de 24,7% da metalurgia no Maranhão. O setor alimentício, segundo maior demandante industrial de eletricidade, avançou 1% em setembro, puxado pelo abate e frigorificação de aves, reses e outros pequenos animais e da fabricação de preparados de carne, banha e produtos de salsicharia em Santa Catarina, que aumentou 8,3%. No Centro-Oeste, que teve aumento de 4,2%, o destaque ficou com o abate e frigorificação de bovinos e a produção de condimentos e óleos vegetais no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul.

Nas quedas, a maior queda ficou com o ramo químico, que caiu 15,5% no mês, sendo a sétima consecutiva e a maior entre os segmentos industriais. Indústrias paralisadas no Sergipe e Alagoas puxaram a queda nessa classe, assim como os recuos na fabricação de petroquímicos básicos e produtos orgânicos na Bahia. O consumo industrial apresentou recuo de 2,8% frente ao mesmo período do ano passado. É o quarto trimestre sucessivo de queda e o terceiro no ano.

O consumo residencial de setembro ficou em 11.365 GWh, subindo 2,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. Houve crescimento expressivo de 6,3% da classe no Norte e de 13,4% no Centro-Oeste. No Nordeste o aumento de 2,6% ficou abaixo da média de 3,7%, mostrando leve desaceleração. O Sul teve aumento de 0,2%, mas as quedas de 5,1% no Rio Grande do Sul e de 0,4% em Santa Catarina praticamente anularam ao impacto da alta de 6,5% no Paraná. No Sudeste a retração ficou em 0,2%. São Paulo recou 2,2%. No terceiro trimestre, o consumo residencial cresceu 1,7% em relação ao mesmo período de 2018, conseguindo, desempenho melhor que no trimestre anterior em todas as regiões do Brasil.

Os 7.251 GWh registrados na classe comercial significaram aumento de 3,1% em relação a setembro de 2018.  A Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE mostra aumento de 1,3% no comércio varejista em agosto, mas a variação no volume de
serviços apresentou taxa negativa de 0,7%. No Norte, houve a maior alta no segmento, com crescimento de 8%. No Acre, o aumento chegou a 23% e em Rondônia, de 15,4%. O aumento das vendas no mercado varejista e temperaturas altas em grande parte dos estados, podem ter auxiliado para o aumento do consumo na região. O Centro-Oeste teve a segunda maior taxa de aumento, com 6,8%, puxado pelo Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com aumentos de 12,2% e 12,4%, respectivamente. No Nordeste, o aumento ficou em 5,8%, com a subida de 24,6% no Ceará em evidência.

As regiões Sudeste e Sul registraram baixos crescimentos na classe comercial. Ambas aumentaram em 1,6% o consumo. Todos os estados tiveram, variação positiva. No Espírito Santo, o aumento ficou em 5,3% em São Paulo, de 0,8%. Já no Sul, Paraná e Santa Catarina foram responsáveis pelo índice positivo, já que o Rio Grande do Sul registrou recuo de 2,9%. No trimestre, o consumo comercial aumentou 1,6% na comparação com o ano passado.