A Petrobras teve um recuo de 10% em vendas de gás natural nesse primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, com queda de demanda nos segmentos termelétrico e não-termelétrico. Em março, o volume não-termelétrico foi reduzido em 9,6% em relação a fevereiro, já refletindo os impactos da pandemia da Covid-19. Já a geração de energia elétrica teve uma redução de aproximadamente 33,9% em função da melhora sazonal das condições hidrológicas. As informações derivam do relatório de produção e vendas trimestrais da petroleira, divulgados na última segunda-feira (27).

De acordo com o boletim, os impactos negativos da recessão global provocada pela crise de saúde pública não chegaram a impactar de forma substancial a performance da produção e vendas no período. A produção média de óleo, LGN e gás natural foi de 2.909 Mboed implicando em produção comercial de 2.606 Mboed e de 2.320 Mbpd de petróleo. Tais volumes comparados ao mesmo trimestre de 2019 representam crescimento de 14,6% na produção total e 13,3% na produção comercial.

A plataforma P-70, unidade que produzirá no campo de Atapu, no pré-sal da Bacia de Santos, teve suas atividades de ancoragem concluídas e está em finalização das atividades de interligação. Dessa forma, a expectativa da petroleira é iniciar a prospecção ainda no primeiro semestre deste ano. A unidade tem capacidade de processamento de 6 milhões de m³ de gás por dia, assim como a P-71, que deve ser finalizada em 2022.

Em 16 de março, o casco do FPSO P-71 chegou ao Espírito Santo para integração aos demais módulos no Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), com previsão de conclusão em 2022. A P-71 tem capacidade de processamento para 6 milhões de m³/dia de gás.