A Omega Geração anunciou em comunicado ao mercado na noite da última quinta-feira, 30 de julho, acordo para compra da totalidade da participação da Eletrobras no Complexo Chuí,  (RS – 582,8 MW) que está em operação desde 2015. A operação envolve a aquisição de 78% do capital social da Eólica Santa Vitória do Palmar Holding e de 99,99% do capital das SPEs Hermenegildo I, Hermenegildo II, Hermenegildo III e Chuí IX. A operação somou R$ 1.52 bilhão,  sendo R$ 1,011 bilhão referente a Santa Vitória do Palmar – com assunção de dívida de R$ 577,2 milhões e pagamento em caixa de R$ 434,5 milhões –  e outros R$ 513 milhões referentes aos demais projetos – também com assunção de dívida de R$ 378,7 milhões e pagamento em caixa de R$ 134 milhões.

O conselho de administração da Eletrobras já aprovou a venda do complexo eólico. A Omega também fez um acordo com a Brave Winds, dona dos 22% restantes em Santa Vitória do Palmar,  para que até junho de 2022, em caso de cumprimento de condições estabelecidas, venda a sua participação de modo que a Omega fique com 100% do empreendimento. Os novos empreendimentos se encontram no ambiente de contratação livre e possuem 302 aerogeradores, sendo 201 da Siemens Gamesa e 101 da GE. A conclusão da operação está sujeita à aprovação de credores e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica.

Segundo o comunicado, Antonio Bastos, CEO da Omega Geração, considera o investimento um extraordinário passo rumo à consolidação da empresa como plataforma de referência 100% renovável no país. Combina larga escala, lucro bruto substancial, bom fundamento técnico, e diversifica ainda mais o portfólio com um regime de vento diferente do que há no Nordeste.

Para o executivo, o desempenho do complexo será maximizado por novo plano de negócios e operação confeccionados pelo time após análises e diligências minuciosas. O objetivo é ter alta previsibilidade de geração e os ativos vão reduzir ainda mais a incerteza de geração anual pelo perfil do vento e pela oportunidade de atingir altos índices de disponibilidade.

A Omega divulgou ainda que o seu conselho autorizou a emissão de aproximadamente R$ 500 milhões que vão reforçar a estrutura de capital e garantirão os recursos para consecução dessas aquisições. Em março, o caixa da empresa estrava em R$ 885,5 milhões.