Olá, esse é um conteúdo exclusivo destinado aos nossos assinantes
Cadastre-se GRATUITAMENTE ou faça seu LOGIN e tenha acesso:
Até 5 conteúdos
fechados por mês
Ficar por dentro dos cursos e
eventos do CanalEnergia
Receber nossas newsletters e
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Notícias abertas CanalEnergia
ou
Já sou cadastrado,
A Stima Energia lançou sua gestora de ativos. Nomeada como Stima Asset Management a empresa foi formada após pouco mais de três anos desde que a comercializadora passou a operar no mercado. Esse era um passo já programado pelos sócios da empresa e vem impulsionado pela tendência de expansão do setor financeiro no setor elétrico. A asset será a responsável por gerir os recursos dos três sócios e inicia com um capital de cerca de R$ 10 milhões.
De acordo com Rodrigo Violaro, sócio da Stima, a ideia de estabelecer essa gestora data de 2018. Ao longo de 2019 buscaram as autorizações e certificações necessárias junto à CVM. Além disso, aderiu ao código ANBIMA de regulação e melhores práticas para atividade de distribuição de produtos e investimentos no varejo. Em junho, toda a burocracia exigida para esses casos foi vencida. Após essa fase, continuou ele, fecharam acordo com o Banco Daycoval que será o administrador fiduciário. E agora estão próximos de lançar o fundo.
A ideia, continua Daniela Alcaro, a sócia da empresa com experiência no mercado financeiro, é a de investimento em ativos financeiros e não físicos. Inicialmente, em títulos públicos e quando iniciar a negociação, derivativos de energia. “Será um fundo multimercado de estratégia livre”, definiu a executiva. “Nossa atuação será diferente de um FIP, buscamos títulos com liquidez e essa liquidez está no curto prazo”, acrescentou.
Érico Mello, sócio da empresa, comentou que atuar nesse mercado está no foco da Stima, que tem entre suas características olhar o futuro e que se mostra cada vez mais atrelado ao financeiro. “Ao passo que vemos o BBCE caminhando nesse sentido com a sua nova plataforma de derivativos, a B3 e bancos cada vez mais envolvidos em negócios no setor elétrico, esse movimento é natural para nós, que temos dentro de casa uma especialista do setor de finanças desde a fundação da empresa”, lembrou ele.
Segundo dados do BBCE, a comparação entre o volume de energia que é negociado ante o volume físico de energia entregue efetivamente na CCEE é de cinco a seis vezes. O que, na visão do CEO Carlos Ratto, mostra que há espaço para derivativos, pois há negociação de preço e não de energia. Ele comentou em sua participação no Enase 2020, que esse comportamento é característico e se viabiliza de melhor forma por meio de contratos de derivativos.
Violaro lembra que esse giro todo no mercado físico é de competência da Aneel e CCEE e que não é natural para essas entidades lidarem com esse risco que está mais próximo da realidade do mercado financeiro, que tem os melhores instrumentos para a supervisão e análise de crédito.
Daniela destacou ainda que a tendência é que a gestora fique maior que a comercializadora justamente por conta dessa perspectiva de aumento de giro no mercado financeiro ante o que se pratica no mercado físico de energia. Contudo, diz que a operação de trading continua da forma que levou ao crescimento.
“É esperado que a liquidez dos contratos mais curtos migre para os contratos financeiros, enquanto a liquidez dos contratos mais longos e menos padronizados permaneça nos contratos físicos”, avaliou.
Segundo dados da Stima, seu patrimônio líquido começou com cerca de R$ 10 milhões e hoje está em pouco mais de R$ 50 milhões, crescimento de cerca de 400%. Parte dos recursos da comercializadora que financiará o fundo. O risco e participação é a mesma entre os três sócios que compõem a asset.