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No intuito de se posicionar no mercado como uma plataforma digital de referência na busca por soluções envolvendo portfólios de todas empresas do setor elétrico, agregando também serviços de avaliação, pós-venda e certificação, a recém criada Eloé Energy nasce com duas premissas: receita recorrente, o que é comum ao ecossistema de startups, e internacionalização, no sentido de buscar futuramente mercados de energia no exterior.

Em entrevista à Agência CanalEnergia, uma das três fundadoras revelou que o mapeamento divulgado no final de maio contempla atualmente cerca de ¼ das companhias de energia no Brasil e que ideia partiu da vontade de tornar o setor mais acessível ao consumidor, apontando os caminhos para que os usuários se conectem ao mercado e decidam quais soluções melhor atendem às suas necessidades com base em ferramentas de qualificação e orientação, mesmo que não se tenha conhecimento aprofundado do tema.

“Estamos colocando a ideia no mercado e indo atrás dos primeiros clientes, pretendendo atingir pelo menos 20 até agosto, quando teremos uma nova versão, passando depois para a fase de Scale-Up”, aponta Tania Nalborczyk Leites, afirmando que já recebeu muitos contatos para diferentes tipos de parcerias, alguns inclusive demonstrando interesse em comprar a startup, o que para ela não é bem visto em termos de independência que o negócio presume.

Nas palavras da uruguaia que reside há 12 anos no Brasil, com passagens profissionais pela movE, Cheesecake Labs e atualmente na Norus, que opera no mercado livre, a história da Eloé começa em julho do ano passado, no evento Solutions Community, que tinha uma pegada de ajudar pessoas impactadas pela pandemia, e onde conheceu Edna Gessner, que acreditou na ideia e em pouco tempo virou sua amiga e sócia.

As duas foram delineando o negócio e adquirindo confiança mútua nos propósitos e objetivos para depois chamarem o empreendedor Diego Bousfield, que de prontidão topou participar da iniciativa, assim como depois aconteceu com Paula Fortkamp Frigo, que completa o time cuidando da parte de marketing e comunicação.

Com investimento inicial de R$ 24 mil dividido entre os quatro sócios, a receita virá a partir das pré-vendas de produtos e serviços das mais de oito mil empresas que a plataforma pretende conectar, trazendo a possibilidade de comparações e entendimentos sobre as soluções e seus diferenciais, além de contar com uma aplicação que identifica a necessidade do cliente, baseando-se em uma série de perguntas simples.

Diego, Tania, Paula e Edna: Eloé Energy nasce para ampliar poder de escolha do consumidor

“O mapeamento chamou muito a atenção e temos visto muitas empresas usarem a ferramenta para avaliar potenciais clientes, parceiros e até a questão de concorrência”, salienta Edna, que tem conversado com o Instituto Totum sobre como mesmo as grandes corporações têm muitas dúvidas e acabam indo buscar alternativas através do marketing de indicação, que em agosto virá com a parte de feedbacks e outras funcionalidades.

O serviço de pós venda envolverá uma conversa com o cliente e uma curadoria não somente em termos sentimentais, mas também técnica, no sentido de identificar projetos pontuais que irão levar os agentes ao setor, atribuindo as responsabilidades boas e ruins. “No reclame aqui o pessoal fala e o conteúdo fica lá”, lembra Tania, indicando que a pretensão futura é lançar um selo de excelência com as melhores avaliações por meio de um software.

O público-alvo são pequenas e médias firmas que não possuem custos tão elevados na conta de luz e por vezes não conseguem entrar no mercado livre, mas também há clientes de alta demanda, como indústria de papel, têxtil, restaurantes, hotéis, shoppings e outros segmentos que ainda não possuem base de informações para contratar sob esta forma.

Em paralelo também foi iniciada a ampliação do mapeando para além do sistema de energia, numa parceria com o Grupo de Estudos Logísticos (Gelog) da Universidade Federal de Santa Catarina sob orientação do professor Carlos M. Taboada Rodriguez, que irá ajudar a fazer toda taxonomia do segmento das utilities para uma classificação detalhada, objetivando ter esse ecossistema para fomento de parcerias até dezembro.

“É uma questão importante até em termos de governança no futuro, com informações que não são fáceis de achar hoje no Google”, comenta Tania, ressaltando que a preocupação com energia acaba direcionando para demandas em outras áreas.

Para atingir a meta de R$ 1,5 milhão em faturamento nos próximos 24 meses, chegando a uma base de cinco mil clientes, ela afirma que a Eloé pretende participar de programas de aceleração mas sem abrir mão da neutralidade, com o sonho da plataforma se tornar a principal referência envolvendo a busca de serviços num setor em constante processo de transformação.