A Eletrobras registrou lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no segundo trimestre do ano. O valor corresponde a um aumento de 439% quando comparado ao mesmo período de 2020. Já o resultado no ano soma R$ 4,1 bilhões, ante R$ 1,7 bilhão dos seis primeiros meses de 2020. O Ebitda (resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 3,3 bilhões, aumento de 64% no trimestre. No ano alcançou R$ 7,1 bilhões, alta de 31%. A receita operacional líquida atingiu R$ 7,9 bilhões, acréscimo de 49% em relação ao trimestre do ano anterior. No acumulado do ano é de R$ 16,2 bilhões, aumento de 25%.

De acordo com a empresa, o resultado do trimestre foi impactado positivamente pelos resultados em transmissão, em decorrência da Revisão Tarifária Periódica, com efeitos a partir de julho de 2020. E ainda, pela melhora nos resultados de geração, com participação destacada do aumento do volume e preços praticados nos contratos bilaterais do Ambiente de Contratação Livre, bem como maior receita no mercado de curto prazo, decorrente da liquidação na CCEE, influenciada pelo aumento de preços do PLD.

No acumulado das vendas de energia há uma retração de 3% na base trimestral passando de 46,7 GWh para 45,3 GWh. Nos seis meses encerados em junho o volume é de 96,7 GWh, retração de 3,5% quando comparado ao mesmo período de 2020.

A crise hídrica também foi citada, pois levou a uma maior comercialização de energia decorrente de importação do Uruguai, devido à redução dos volumes das principais bacias hidrográficas que compõem o sistema interligado brasileiro. Por outro lado, o resultado foi negativamente impactado pelas provisões para contingências judiciais.

A dívida líquida teve queda de 18% desde o início do ano. O indicador de alavancagem medido pela relação entre a dívida líquida sobre o Ebitda atingiu o valor 1 vez, renovando o menor patamar dos últimos anos.

Os investimentos realizados em geração foram de R$ 483 milhões, dos quais R$ 154 milhões em manutenção e R$ 329 milhões em implantação. Deste total, R$ 250 milhões foram alocados em Angra 3. Já em transmissão, foram investidos R$ 277 milhões, dos quais R$ 213 milhões destinados a reforço e melhorias.