A Resenha Mensal de Consumo de setembro sinalizou um aumento de 3,4% na comparação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, o destaque ficou com o comércio, cujo consumo cresceu 9,2%. O segmento industrial teve uma alta de 1,6% e o residencial, de 3%. No mercado cativo, houve crescimento no consumo de 1,5%, enquanto no ambiente livre, de 6,6%.

O desempenho do comércio foi o maior valor para o mês desde 2004. A recuperação do setor de serviços tem contribuído para o bom desempenho do consumo de eletricidade da classe. O ritmo acelerado da vacinação no país e o aumento da mobilidade urbana influenciaram na melhora do setor de serviços, principalmente nos serviços prestados às famílias. O clima mais seco e temperaturas mais elevadas para setembro também influenciaram. Todas as regiões registraram crescimento no consumo da classe. A região Nordeste, com 10,9%, continua com a maior taxa, seguida pela Sudeste, com 10,4%; Sul, com 8,7%; Norte, com 5,3% e Centro-Oeste, com aumento de 2,9%.

Na indústria a variação foi a maior para setembro desde 2014. O Sudeste, com +4,6% de alta, foi a região que apresentou a maior taxa de expansão do consumo industrial no mês. Entre os estados, destaque para Alagoas, com aumento 104,4%, alavancado pelo efeito base no setor químico. Sete dos dez segmentos mais eletrointensivos da indústria aumentaram o consumo em setembro, em comparação com igual período de 2020. O setor de extração de minerais metálicos subiu consumo em 8,3% na comparação com setembro de 2020. O químico cresceu 8,1%, enquanto o automotivo subiu 5,6%.

O segmento residencial teve aumento depois de dois meses seguidos de retração. As temperaturas acima da média e clima mais seco na maior parte do território nacional puxaram o crescimento do consumo de eletricidade das residências do país no mês. As regiões Centro-Oeste, com alta de +7,8%; Norte, com aumento de 5,2%; Nordeste, com variação de 4% e Sudeste, que subiu 3,9%, apresentaram elevação no consumo. Somente a região Sul, com recuo de 4,8%, registrou encolhimento do consumo. Os maiores destaques no crescimento das taxas de consumo da classe foram nos estados do Amapá, com aumento de 32,9% e Roraima, com 20,5%, além de Minas Gerais, onde subiu o consumo de 10,8%.