O volume de energia solar e eólica contratada no Ambiente de Contratação Livre no Brasil em 2022 caiu 30% na comparação com o montante negociado no exercício anterior, conforme mostra estudo divulgado este mês pela consultoria Clean Energy Latin America. A proposta do estudo, que ouviu entre janeiro e março de 2023 as principais geradoras de renováveis com informações de contratos de longo prazo, é trazer um panorama do segmento de PPAs de solar e eólica no ACL.

O motivo da queda nos contratos está ligado, de acordo com análise da consultoria, a queda nos preços da energia de curto prazo, aumento nas taxas de juros e elevação do capex nos empreendimentos de geração centralizada com as fontes renováveis. Isso levou a retração da contratação de energia no longo prazo no ambiente livre. Embora o volume contratado tenha sido menor em 2022, o mercado registrou um número maior de contratos no período, saltando de 15 PPAs assinados em 2021 para 22 PPAs celebrados em 2022, que equivalem a 516 MW med contratados.

O estudo traz os PPAs assinados entre janeiro e dezembro de 2022, além de análises históricas coletadas nos últimos seis anos pela consultoria junto às empresas, que somam 111 PPAs de longo prazo de eólica e solar no ACL, equivalente a 3.093 MW med contratados. Desses, 75 são PPAs de solar e 36 são PPAs de eólica; 2.008 MW med de solar e 1.086 MW med de eólica.