O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, defendeu em seu discurso no 13º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, um projeto de transformação no setor que o livre de uma agenda de inseguranças e incertezas. Ele lembrou que o país passa por uma grave crise fiscal e que, por outro lado, há uma dificuldade muito grande de repassar custos para os consumidores. "A solução terá que vir entre nós", destacou, chamando as associações para o diálogo.
O projeto de transformação do setor, disse, tem algumas bases, que passam pela reafirmação da segurança jurídica e regulatória. "O setor elétrico não sofrerá com intervenções injustificadas. Iremos respeitar a independência e a autonomia das instituições", afirmou o ministro. Além disso, ele frisou que é necessário haver um equilíbrio entre os diferentes mercados de energia. "É claro que os diferentes mercados demandam medidas diferentes, mas não podemos admitir que o governo atue sem isonomia entre os agentes", destacou.
Coelho disse ainda que o governo vai trabalhar para abrir gradativamente o mercado de energia e que irá se juntar à outros ministérios para melhorar a atratividade dos leilões. O licenciamento ambiental também está na pauta, assim como o fortalecimento das instituiçoes e da transparência.
"Nos debruçaremos em esforço conjunto para os problemas urgentes, como é o caso da sobrecontratação, do GSF e inadimplência dos agentes, descapitalização das empresas Eletrobras e atrasos na entrada em operação dos projetos", comentou. "Faremos um grande esforço para preparar o setor elétrico para o futuro", completou. Ele disse ainda que a chegada de Paulo Pedrosa para a secretaria-executiva do ministério é para auxiliá-lo "nesse grande desafio".
O ministro vai se reunir nesta quarta-feira, 18, à tarde, com o presidente interino Michel Temer. Coelho quer levar ao presidente interino uma proposta de reorganização da estrutura do MME, "do empoderamento que queremos dar na secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Eergético às energias renováveis", contou.
Questionado se já haveria um nome para assumir a presidência da Empresa de Pesquisa Energética, cargo que atualmente é ocupado por Mauricio Tolmasquim, o ministro comentou que está recebendo muitas sugestões para o cargo. "A nova dinâmica dentro do ministério implica também em novos nomes para poder nos ajudar", declarou.
