Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 22 de novembro mostram redução de 4,1% e 4% na geração e no consumo de energia elétrica no país, respectivamente, no comparativo com o período de 2015, considerando o impacto do feriado de Finados a queda seria de 2,4% e 2,3%. As informações estão na última edição do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
 
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional alcançou 59.381 MW médios com queda de 10% no mercado cativo, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, impactada pela migração de clientes cativos para o mercado livre. Eliminado o impacto das migrações e considerando os feriados em 2015, o ACR apresentaria queda de 2,6%.

Já no Ambiente de Contratação Livre, em que os consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, houve aumento de 16,1% no consumo, índice também influenciado pelo movimento de consumidores vindos do mercado cativo. Eliminando o impacto da chegada destas novas cargas, considerando o impacto do feriado em 2015, há elevação de 0,6%.

Dentre os ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo autoprodutores, consumidores livres e especiais, os maiores índices de crescimento de consumo em novembro foram os registrados nos setores de comércio, com 93,7%; saneamento, com 63,6% e serviços, com 56,3%. O aumento destes segmentos está vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre. Apenas o setor de transporte, com queda de 0,2%, apresentou redução. Desconsiderando a migração para o ambiente livre, a queda seria de 2,7%. Expurgando o efeito de migração para o ambiente livre, observa-se crescimento apenas nos segmentos de madeira, papel e celulose; metalurgia e produtos de metal; e saneamento.

Em relação à geração de energia, houve a entrega de 61.908 MW médios ao SIN nos primeiros dias de novembro, com destaque para o incremento da produção eólica, com aumento de 53%. A geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, caiu 3,7% em relação ao desempenho registrado no período do ano passado e a representatividade da fonte foi de 70,1% sobre toda energia gerada no país, índice é 0,3 ponto percentual inferior ao registrado em novembro de 2015. A análise indica ainda queda de 15,3% na produção das usinas térmicas, impactada pelas quedas das usinas a óleo diesel, de 63,3% e bicombustíveis, de 37,5%.
 
O InfoMercado Semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia gerem, em novembro, o equivalente a 88,4% de suas garantias físicas, ou 44.349 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 84,1%.