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A deslistagem da CPFL Energia da bolsa de valores de São Paulo (B3) ainda é incerta e a decisão pode demorar até 18 meses, disse a jornalistas André Dorf, presidente da companhia, durante evento com investidores. A partir desta quarta-feira, 6 de dezembro, a State Grid passou a deter 94,75% dos papéis da elétrica brasileira, três dias úteis após conclusão da Oferta Pública de Aquisição (OPA), finalizada em 30 de novembro, ao preço de R$ 27,69 por ação.

A expectativa do mercado é que a State Grid faça uma nova operação para comparar o restante das ações e, consequentemente, deslistar a empresa do Novo Mercado da B3. Dorf negou que essa seja a intenção dos chineses e disse que essa decisão ainda não foi tomada. Pelas regras do Novo Mercado, uma empresa listada precisa manter um percentual mínimo de ações em circulação no mercado (free float) de 15%.

Portanto, caso a deslistagem não aconteça, State Grid obrigatoriamente precisaria vender cerca de 10% das ações que possui na CPFL para cumprir a regra. Neste cenário, a companhia poderia fazer um ReIPO. “Não tem decisão tomada e não há pressa para essa decisão. A única exigência que a gente tem, pelo regulamento do Novo Mercado, é ter um free float mínimo, mas tem um prazo para fazer esse ajuste, que é de 18 meses a contar de agora”, explicou Dorf.

Após a OPA, a empresa que possuía 461,7 milhões ações em circulação em mercado, agora passa a ter em “free float” de 53,3 milhões. Antes da entrada da State Grid, a CPFL era controlada pela Camargo Correa e por fundos de investimento Previ, Fundação Cesp, Sabesprev, Sistel e Petros.

Sobre a perda de valor da ação dias antes da conclusão da OPA, Dorf acredita que isso ocorreu porque alguns acionistas remanescentes perderam o prazo para se preparar para a Oferta. “A hipótese que gente tem é que [os acionistas] perderam o prazo para se preparar para o leilão. Daí viu que o leilão chegou, que possivelmente a empresa perderia liquidez, e se antecipou.”

As ações CPFE3, que operavam praticamente sem volatilidade e acima de R$ 27 desde setembro, despencaram cerca de 30% na semana passada, com a queda mais acentuada na própria quinta-feira (30), quando chegaram a cair 24% no pior momento do dia (quando bateram R$ 19,15), mas fecharam com queda de 17%, a R$ 20,99.

TRANSMISSÃO DE NICHO

Dorf disse que a CPFL não decidiu se participará dos leilões de geração e transmissão previstos para serem realizados em dezembro, mas que a empresa está estudando todas as oportunidades de crescimento. “A gente, por obrigação, está olhando tudo, aquisições e leilões, mas estamos avaliando [nossa participação no leilão], não temos uma decisão tomada”, disse.

Como sua controladora State Grid já atua no segmento de transmissão, Dorf explicou que a atuação da CPFL nesse mercado será de maneira bem seletiva. “É o que a gente chama de transmissão de nicho, são linhas curtas, normalmente em áreas de nossa influência, que tem sinergia, muito diferente da State Grid que atua em linhões. O nosso apetite para o leilão é em transmissão de nicho”.

Sobre os investimentos em geração renovável, Dorf explicou que a única preocupação é com a alavancagem da CPFL Renováveis. “Temos que avaliar as condições financeiras de cada empresa.”

Sobre investimentos em distribuição, a empresa disse estar atenta as oportunidades nas áreas onde já atua. “A gente busca sempre sinergia com o ativo operacional que a gente tem. Isso tem muito a ver com a região Sudeste e com o Estado do Rio Grande do Sul.”