Mais consumidores do Circuito das Águas Paulista, no interior do estado de São Paulo, têm escolhido gerar a própria energia por meio da instalação de placas solares. De acordo com dados da CPFL Paulista e CPFL Santa Cruz, 20 residências e comércios contavam com sistemas fotovoltaicos até outubro de 2017, crescimento de 900% frente ao mesmo período de 2016, quando apenas 2 consumidores utilizavam a modalidade.

Os 20 clientes possuem uma capacidade instalada de 83 kWp, volume suficiente para abastecer em torno de 54 famílias com um consumo mensal de 200 kWh. Embora os consumidores residenciais liderem o crescimento, representando 85% das instalações realizadas neste ano na região, a geração distribuída solar também traz benefícios para estabelecimentos comerciais e indústrias. Ao investir em um projeto de geração solar, o consumidor passa a produzir a sua própria energia, podendo reduzir em até 95% o valor da sua conta de luz e contribuindo para o meio-ambiente.

Segundo a CPFL, desde dezembro de 2012, quando a micro e mini geração distribuída foi regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica, o valor do investimento inicial já caiu entre 15% e 20% e hoje está na faixa de R$ 15 mil a R$ 20 mil, dependendo do porte do projeto a ser instalado na unidade consumidora do cliente. Com a economia gerada na conta de luz, o cliente tem um retorno entre seis e sete anos.

Pelas regras da Aneel, clientes podem abater da conta de luz o volume de energia produzido pelos painéis solares. Quando o consumo é menor do que o volume gerado, a diferença se torna um crédito, usado para reduzir a fatura com a distribuidora local — os clientes ainda precisarão das concessionárias para atender a demanda à noite, quando não há geração de energia.

Para Pablo Becker, diretor executivo da Envo, braço da CPFL Energia para a geração distribuída solar para residências e clientes comerciais e industriais de pequeno porte, a geração solar é uma excelente alternativa para quem quer economizar na conta de luz e pretende adotar hábitos mais sustentáveis em relação ao meio-ambiente.

“A energia solar não consome recursos naturais, não emite poluentes e está na vanguarda do combate ao aquecimento global por ser uma fonte totalmente renovável. O consumidor passa a ser referência de responsabilidade ambiental e o imóvel fica mais ‘verde’, valorizando o patrimônio,” explica.