O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico decidiu manter a geração fora de ordem de mérito de usinas termelétricas com Custo Variável Unitário até R$ 766,28/MWh, na semana operativa de 8 a 14 de setembro.  Um conjunto de 14 térmicas tem operado nessa condição desde a madrugada do último sábado, 1º de setembro, com autorização do CMSE. O pedido foi feito pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico na sexta-feira, 31 de agosto, e aprovado em reunião extraordinária do comitê.

A explicação é que o Custo Marginal de Operação rodado no modelo do ONS teve queda acentuada em todos os subsistemas, apesar do agravamento da situação dos reservatórios das hidrelétricas. Em nota divulgada nesta quarta-feira, 5, após reunião mensal, o Comitê destacou que o nível de armazenamento equivalente do subsistema Sudeste/Centro-Oeste é o pior dos últimos anos.

O CMO passou de R$ 766,28/MWh na semana passada para R$ 472,16/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Nordeste e R$ 474,85/MWh no Norte esta semana.

“O CMSE reiterou a garantia do suprimento no ano de 2018 e destacou que há recursos energéticos disponíveis, inclusive além dos montantes já despachados de usinas termelétricas. O despacho fora da ordem de mérito neste momento visa, sobretudo, preservar os estoques armazenados nas cabeceiras dos rios Grande e Paranaíba”, destaca a nota.

Ainda de acordo com o CMSE, serão feitos esforços para possibilitar o acionamento de usinas disponíveis operacionalmente e com CVU competitivo, mas que tem problemas  de suprimento de combustível.  É o caso da termelétrica a gás Araucária, no Paraná. O ONS também vai avaliar se é possível aumentar a importação de energia do Uruguai e da Argentina.

O  comitê avalia que o risco de qualquer déficit de energia em 2018 é de 0,3% para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste e 0% para o Nordeste.

No final de agosto, a Energia Armazenada nos reservatórios equivalentes era de 28,1% do Sudeste/Centro-Oeste, de 40,6%  no Sul,  de 32,0% no Nordeste e de 54,0% no Norte. Para  o final do mês de setembro, esses valores devem baixar para 21,7% (SE/CO), 27,8% (NE) e 42,3% (N),  sem incluir a geração termelétrica fora da ordem de mérito.  A exceção é o Sul, com 48,1%.