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A consulta pública que será aberta pelo governo para o aprimoramento dos leilões de energia deverá olhar com atenção para os sinais locacionais emitidos. Em painel realizado nesta terça-feira, 28 de maio, durante o Energy Solutions Show (SP), o presidente da Thymos Energia, João Carlos Melo, disse que as soluções locais devem ser avaliadas, já que a visão global que vigorava anteriormente não se sustenta mais devido à alta incerteza e ao consumidor aparecer com um papel cada vez mais importante. “As incertezas para os próximos dez anos são muito grandes. Não se pode mais fazer contratos de 30 anos ou com os de Belo Monte, tenho que acertar esse timing com a expansão da tecnologia” explica.

Ainda segundo Melo, que elogiou os leilões realizados até hoje, uma vez que eles propiciaram uma forte expansão do sistema, a modicidade tarifária também perde força, uma vez que ela no fundo aparecia apenas no preço. Atributos que a fonte não teria acabavam por levar a problemas diversos, o que pede mudanças. “O que achei que era modicidade tarifária muda e de certa forma acabo gastando mais dinheiro com aquela fonte do que se não tivesse ela”, frisa. A construção de UHEs na Amazônia, longe da carga, estariam enquadradas nesse panorama, e seriam analisadas com mais apuro, já que temas como a GD aparecem cada vez mais com força nas previsões.

Ricardo Suassuna, da Matriz Energia, pediu leilões regionais. No painel, ele lembrou que o modelo atual não proíbe certames desse tipo. “Leilões regionais já podem ser implementados sem problema legal”, afirma. Ele não imagina no futuro leilões como os atuais, sem análise de atributos da fonte. A forte inserção de eólicas também veio, segundo ele, pela falta de projetos altamente competitivos das outras fontes à época, como hidrelétricas e térmicas a gás. A incerteza do mercado foi citada por Fabiana Avellar, da Cogen e conselheira da Absolar, ao dizer que trabalhar com planejamento energético estava cada vez mais difícil, devido à alta incerteza. Ela pediu ainda que se pensasse mais na complementaridade das fontes.

Mudanças no leilão A-6 também devem ser feitas de modo a viabilizar o gás extraído da camada pré-sal. Segundo o presidente da Thymos, é difícil viabilizar uma térmica a gás no A-6 sob a perspectiva atual, devido à incerteza na exploração e a dificuldade de acomodar isso no tempo de execução do projeto. “Não há certeza se vai haver gás do pré-sal em 2024, como vai acomodar isso?”, indaga. Na última semana, a Shell já havia pedido mudanças no leilão A-6 com a mesma justificativa, de harmonizar os investimentos no upstream com os da implantação da usina.