A agência de classificação de risco Fitch Ratings colocou em Observação Negativa nesta terça-feira, 5 de janeiro, o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(bra)’ da AES Brasil e de sua nona emissão de debêntures, que totaliza R$ 2,2 bilhões.

De acordo com a agência, a ação reflete a potencial pressão negativa que o perfil financeiro consolidado da AES Brasil poderá sofrer com a compra dos dois complexos eólicos da Cúbico. A operação prevê desembolso de R$ 529 milhões que deverão ser pagos provavelmente em março de 2021 e a assunção de uma dívida líquida de cerca de R$ 277 milhões.

A Fitch considera que a empresa possui liquidez e acesso a fontes de recursos suficientes para fechar a transação. Caso isto aconteça e resulte em aumento de dívida líquida próximo a R$ 806 milhões, a alavancagem financeira da AES Brasil deve atingir quatro vezes ao final de 2021, incluindo a expectativa de desembolso de R$ 1,3 bilhão referente à resolução da dívida com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, reduzindo-se gradualmente para 3,7 vezes em 2023, o que resultaria no rebaixamento dos ratings em um grau.

Caso recursos não onerosos sejam utilizados na operação, a Observação Negativa deverá ser removida. E ainda poderá seguir essa direção caso a transação não se concretize. Essa observação negativa será mantida até o término da aquisição.