A paranaense Copel está tranquila quanto ao processo de renovação da concessão do segmento de distribuição. A empresa informou que já atende ao nível de qualidade de serviço entendido como o ideal para continuidade do contrato. O desafio da companhia será alcançar a sustentabilidade econômica da concessão, disse Vlademir Daleffe, diretor presidente da Copel Distribuição.

“Basicamente são duas regras, uma de qualidade e outra de sustentabilidade econômica. Eu diria que na qualidade nós já atingimos em 2012, basta manter o nível que já está suficiente. Temos uma certa segurança quanto a isso. Os investimentos que nós vamos fazer agora será para ter efeito em 2019, 2020”, disse o executivo, que participou da inauguração de sete parques eólicos da Copel Geração, realizada no município de João Câmara, no Rio Grande do Norte, na última terça-feira, 16 de junho.

O processo de renovação das concessões exige que o Ebtida da distribuidora seja positivo em 2016. Daleffe lembrou que a companhia já faz um trabalho de redução de custos. Essas medidas fizeram com que a Copel ficasse próximo da meta considerada estratégica para conseguir a renovação. “Com os resultados de hoje nós só teríamos problema em 2019 e 2020, onde se espera um índice de sustentabilidade [financeira] na faixa de 3,5%. Temos isso [pendente] ainda, mas temos até 2020 para atingir, basta manter a gestão de custos e trabalhar a questão da dívida”, explicou. A expectativa  da empresa é equacionar a dívida que hoje é de R$ 1,7 bilhão em até 3 anos.

Segundo a Copel, o modelo apresentado pelo governo não trouxe surpresas. “Vale a pena renovar, porque a possibilidade de não conseguirmos em 2020 atingir todas essas metas é praticamente nula”, finalizou.

*O repórter viajou a convite da Copel