A agência de classificação de risco Moody’s confirmou na última terça-feira, 2 de junho, os ratings de emissor Baa3/Aa1.br da Escelsa (ES) e alterou a perspectiva para negativa. O movimento conclui a ação de rating iniciada em março de 2015, quando a Moody’s colocou os ratings de emissor da Escelsa em revisão para rebaixamento.

De acordo com a Moody’s, os ratings foram confirmados devido a sinalização que a deterioração esperada nos indicadores de crédito e de liquidez provavelmente deva ser menor que a esperada, devido aos aumentos tarifários extraordinários. A Agência também espera que a Escelsa deva continuar registrando aumentos moderados no volume de suas vendas ao longo dos próximos dois anos, apesar do ambiente econômico atual negativo.

Há a expectativa da agência que o regulador, na quarta revisão tarifária, altere a metodologia para determinar o nível de perdas de energia. O nível mais elevado de perdas de energia elétrica conforme permitido pelo regulador, deve favorecer a margem operacional e fluxo de caixa da Escelsa. A alteração seria válida para o próximo ciclo tarifário, de setembro de 2016 a agosto de 2019.

A perspectiva negativa reflete as incertezas ainda em torno do potencial racionamento de energia dada as condições de seca contínua, e a capacidade da empresa para continuar a registrar crescimento no volume das vendas num ambiente econômico desafiador. Ela também reflete a potencial pressão da EDP para distribuir dividendos mais elevados. Ainda de acordo com a Moody’s, uma elevação é muito improvável no médio prazo. Caso a distribuidora melhore a sua liquidez por meio de alongamento da dívida, a perspectiva poderá ser alterada para estável.