O Grupo Energisa registrou lucro líquido de R$ 142,3 milhões no primeiro trimestre de 2018, contra R$ 130,9 milhões registrados no mesmo período de 2017, um aumento de 8,7%. No mesmo período, a receita operacional líquida consolidada da empresa totalizou R$ 3,4 bilhões, o que representa crescimento de 23,9% em relação aos R$ 2,8 bilhões atingidos em igual trimestre do ano anterior. Já o Ebitda ajustado totalizou R$ 783,3 milhões, com um crescimento de 35,7% em relação ao primeiro trimestre de 2017.

Os resultados do Grupo também mostram expansão do consumo de energia nos mercados cativo e livre da empresa no 1º trimestre, com aumento de 3,5%, índice superior à média de 0,4% registrada no país. Foram 7.627,8 GWh consumidos, mantendo a sequência de crescimento desde maio de 2017 na esteira da retomada da economia do país. O destaque ficou com o segmento industrial, que, em decorrência do aumento de produção, demandou 5,6% mais energia no primeiro trimestre em comparação com o período de janeiro a março de 2017.

“No primeiro trimestre, vimos uma melhora do cenário econômico com impacto na demanda de energia, o que contribuiu para o avanço dos resultados da Energisa, que continuou a investir na redução de custos e qualidade dos serviços prestados”, disse Maurício Botelho, vice-presidente Financeiro e diretor de Relações com Investidores do Grupo Energisa.

De janeiro a março de 2018, a Energisa reduziu os custos e despesas controláveis, que ficaram em R$ 487,2 milhões, uma queda de 0,7% na comparação anual. Já a dívida líquida da companhia totalizou R$ 8,1 bilhões, contra R$ 7,2 bilhões em dezembro de 2017. A relação dívida líquida por Ebitda ajustado (12 meses encerrados em março de 2018) ficou em 3,2 vezes.

Com relação ao FEC (frequência das interrupções), todas as unidades permaneceram com o indicador abaixo do limite estabelecido pelo regulador. No DEC (duração das interrupções), ressalta-se a melhoria sistemática da Energisa Tocantins, que registrou o menor nível histórico em março de 2018, reduzindo o indicador em 10,7 horas nos últimos 12 meses. Já a Energisa Mato Grosso do Sul apresentou o menor nível de DEC desde que o Grupo Energisa assumiu a concessão, em abril de 2014.

Em março de 2018, as perdas totais consolidadas do Grupo somaram 4.093,1 GWh, representando 11,87% da energia injetada na rede, com uma queda de 0,28 ponto percentual em relação a março de 2017. Um dos destaques foi a redução das perdas na Energisa Tocantins, que apresentou o menor nível histórico, atingindo 12,75% da energia requerida, ou seja, 1,22 ponto percentual abaixo do limite estabelecido pelo regulador.

Considerando os três primeiros meses de 2018, a inadimplência – calculada pela relação percentual entre a provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) e o fornecimento faturado, no período de 12 meses – foi de 0,74%. Esse valor é 0,56 ponto percentual acima da inadimplência registrada em igual momento em 2017, que foi de 0,18%. O aumento decorre, principalmente, de fatores não recorrentes, informou a empresa.

Os investimentos do Grupo Energisa totalizaram R$ 351,5 milhões no primeiro trimestre. Deste montante, os ativos elétricos (excluindo os recursos provenientes das Obrigações Especiais) receberam R$ 235,3 milhões, o equivalente a 66,9% do total. Estes investimentos foram focados na expansão e reforço da rede elétrica, bem como na melhoria contínua da qualidade de energia fornecida.