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A Serena Energia reportou resultados financeiros pressionados no primeiro trimestre de 2025. O prejuízo líquido ajustado somou R$ 176 milhões, perdas de R$ 72 milhões (69%) em relação ao mesmo período do ano passado.

O ebitda da companhia atingiu os R$ 310 milhões no 1T25, uma queda de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior, justificado principalmente por dois eventos não recorrentes relacionados a falhas na rede de transmissão. O primeiro foi o colapso de algumas das torres de transmissão que ligam a usina de Belo Monte à região Sudeste do Brasil, criando um gargalo de 5 GW de escoamento para as renováveis durante os meses de janeiro e fevereiro, com impacto relevante sobre os ativos no Nordeste, especialmente Assuruá e Ventos da Bahia.

Já o segundo foi a maior indisponibilidade associada à entrada em operação de novas capacidades de transmissão e geração, que também afetou a produção ao longo do trimestre. Essas interrupções resultaram em uma perda de produção de 198 GWh, equivalente a uma redução de 15% no lucro bruto do período em comparação ao ano anterior.

A produção de energia da Serena caiu 3% em relação ao 1T24, totalizando 1.899 GWh. Sem os impactos extraordinários, a produção teria crescido 9% no ano. Essa queda teve reflexo direto no ebitda ajustado, que recuou 16%, chegando a R$ 310,3 milhões. Já o lucro bruto de energia ajustado fechou em R$ 506,9 milhões no período, com queda de 3% frente ao mesmo período do ano anterior. A companhia ainda viu seu fluxo de caixa recorrente recuar 56%, somando R$ 124 milhões.

O caixa total da Serena apresentou perdas de 5% no trimestre, atingindo os R$ 1,8 bilhão. E o lucro bruto da plataforma de energia recuou R$ 41,2 milhões, ficando com um resultado de R$ 1,3 milhão. Contudo, a dívida líquida da companhia aumentou 1% no primeiro trimestre de 2025, alcançando os R$ 8,7 bilhões.

Apesar do trimestre desafiador, a Serena projeta resultados sólidos para o restante do ano. Com a normalização da malha de transmissão, expectativas positivas para a sazonalidade e novos contratos firmados nos EUA, a empresa acredita em uma retomada do desempenho financeiro a partir do segundo semestre de 2025.

Além disso, o anúncio de uma proposta de fechamento de capital por parte de Actis, General Atlantic e GIC Infra pode trazer mudanças estratégicas relevantes, com foco em crescimento sustentável e gestão privada no longo prazo. O preço da transação, de R$ 11,74 por ação, oferece aos acionistas um prêmio de 122,3% em relação ao preço de fechamento das ações da Serena em 2 de janeiro de 2025, e um prêmio de 24,6% em relação ao preço médio ponderado por volume (VWAP) dos últimos 30 dias.

Se concluída, a transação marca uma alteração de controle e a saída completa da Tarpon após 17 anos “sendo um valioso acionista da companhia”. Após a conclusão da operação, Actis, GIC Infra e o CEO Antonio Bastos Filho passarão a integrar um novo acordo de acionistas, e Bastos Filho permanecerá como sócio executivo da companhia.

GIC e Actis fazem acordo para OPA e fechamento de capital da Serena Energia