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Na comitiva presidencial que foi à China e a Rússia, o ministro Alexandre Silveira participou da assinatura de um memorando de entendimento (MoU) entre o Ministério de Minas e Energia, a estatal chinesa Windey Energy Technology Group e o Senai Cimatec. A parceria envolve o desenvolvimento em armazenamento de energia e também prevê a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento no Brasil voltado ao avanço de soluções em energia eólica e hidrogênio verde.

De acordo com o ministro, a parceria chega em um momento em que o Brasil avança com o primeiro leilão de baterias. Segundo ele, em breve será lançada uma portaria estabelecendo as normas para o primeiro leilão de bateria do Brasil e toda solução para estabilização do sistema é muito bem-vinda. Para Silveira, o país tem um vasto mercado para isso e precisará preparar a mão-de-obra e buscar tecnologias, o que faz com que a parceria com o Senai Cimatec venha ao encontro com este anseio do setor elétrico brasileiro.

A parceria também inclui iniciativas conjuntas para levar energia limpa a áreas agrícolas remotas, incentivando a instalação de fábricas de equipamentos no território nacional e mitigando cortes na geração renovável conectada à rede elétrica.

O projeto terá atuação em diversas regiões do país e buscará desenvolver soluções energéticas integradas à agricultura, promovendo irrigação sustentável e desenvolvimento regional. A cooperação também prevê estudos para participação conjunta na COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA), com o objetivo de compartilhar os avanços da iniciativa com a comunidade internacional.

Para garantir o alinhamento das ações com as políticas públicas brasileiras, será criado um Comitê de Estratégia. O grupo terá o papel de coordenar os esforços e ampliar o impacto das iniciativas de forma articulada com os programas do governo federal. O memorando tem vigência inicial de 24 meses, com possibilidade de prorrogação.

Na viagem para a Rússia, o ministro teve uma agenda estratégica de reforço às relações bilaterais entre os dois países em áreas prioritárias para o Brasil, como energia nuclear, mineração sustentável, combustíveis limpos e transição energética.

Silveira se reuniu com executivos da Tenex – subsidiária da Rosatom, estatais russas de energia nuclear – e destacou os avanços do Brasil na construção de uma matriz energética plural, estável e sustentável, com foco especial na energia nuclear e no aproveitamento de minerais estratégicos, como o lítio e o urânio e reforçou o interesse na parceria com as empresas referências no setor.

Ele também destacou o potencial do Vale do Jequitinhonha (MG) como polo estratégico do lítio — mineral essencial para a transição energética. Segundo ele, já existem reservas em desenvolvimento e há a busca por relações sólidas e de reciprocidade com parceiros estratégicos como a Tenex. O Brasil possui uma das maiores reservas de urânio do mundo, com estimativas de cerca de 280 mil toneladas do minério, além de figurar entre os seis maiores produtores globais de lítio e deter a oitava maior reserva mundial.

O CEO da Tenex, Sergey Polgorodnik, reiterou o interesse em ampliar a cooperação com o Brasil em diversas frentes. O executivo diz que está aberto a parcerias estratégicas com o Brasil, incluindo energia nuclear, recursos naturais e lítio e se mostrou confiantes na continuidade dos diálogos técnicos entre os países.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, fez um balanço das reuniões realizadas no primeiro dia de agenda oficial do presidente Lula na China, em Pequim. Ele destacou que o objetivo da visita é a busca por sinergias e materialização dos acordos assinados na ocasião da visita do presidente Xi Jinping ao Brasil, em novembro do ano passado. Ele conta que o Brasil quer avançar na produção de inteligência artificial e na implantação de datas centers, enquanto os chineses sempre sinalizam para a necessidade de formação de cadeia de suprimentos.