A Organização Latino-Americana de Energia (Olade) divulgou que a inflação de energia na América Latina e Caribe atingiu 0,01% em março de 2025, o menor índice mensal registrado desde outubro de 2024. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação do setor ficou em 1,15%.

O relatório da Olade alertou que se compararmos a inflação de março deste ano com a do mês anterior, verifica-se que há uma queda drástica devido ao fato de que em fevereiro de 2025, em vários países da região, houve aumentos nos preços da eletricidade entre 10% e 16% e nos combustíveis entre 6% e 10%.

Da mesma forma, essa queda é influenciada pela queda do preço internacional do petróleo, que vem caindo desde agosto de 2024 e se situa em março de 2025, em aproximadamente US$ 68 por barril e cujo valor está tendendo para baixo.

Em março de 2025, a inflação anual de energia na América Latina e no Caribe atingiu 1,15%, diminuindo 63,6% em relação a fevereiro de 2025. Segundo a Olade, se compararmos os valores anuais, observamos um valor inferior em março de 2025 face a março de 2024, o que mostra que os impactos que principalmente os aumentos ou reduções nos preços dos combustíveis tiveram foram menores, bem como que o preço internacional do petróleo em março de 2024 tinha um valor superior a 81 USD.

Enquanto isso, em março de 2025, a inflação anual de energia nos países da OCDE caiu para 3%, após ter registrado 3,62% em fevereiro de 2025, mantendo a tendência de queda. Vale ressaltar que em 28 dos 38 países da OCDE, houve uma diminuição da inflação de energia até março de 2025.

Comparando a inflação de energia na ALC em relação à OCDE, vale ressaltar que, em ambos os casos, a tendência é de queda, com maior variação para a ALC e os valores permanecendo abaixo dos apresentados pela OCDE.

A Olade chegou a conclusão que os preços nominais internacionais do petróleo bruto, gás natural e carvão tiveram um comportamento de queda no período analisado. De fato, em março de 2025, todos os três índices estão abaixo do valor observado em janeiro de 2023. Por outro lado, o índice da ALC não parece seguir essa tendência, de fato, o último valor de março de 2025 é 8,7% maior que o valor de janeiro de 2023.

Esse resultado sugere que há espaço para a política pública de energia na ALC para garantir que os consumidores se beneficiem de preços internacionais mais baixos da energia, sem desencorajar o investimento no setor.