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Questionado sobre a possibilidade de curtailment envolvendo a geração distribuída, o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Evangelista, disse que a entidade tem debatido o assunto em alguns fóruns do setor, analisando tanto do ponto de vista técnico, operacional e regulatório. E que não vê a modalidade como causa para os cortes de geração orquestrados pelo ONS por fatores de disponibilidade, confiabilidade e energético, muito menos em sofrer os efeitos do mecanismo.

“Sobrou o ponto de vista jurídico, que é mais complicado, mas algumas conclusões de especialistas indicam que não há nem fundamento jurídico para o curtailment na GD”, pontuou o executivo em coletiva de imprensa realizada nessa quinta-feira 22 de maio. O tema foi ventilado no final do ano passado, a partir de algumas falas do ONS e de agentes de geração centralizada. Para Evangelista, esses cortes acontecem no mundo inteiro, com o problema central a ser discutido no Brasil devendo ser estrutura do setor como um todo.

Atualmente a GD conta com 39,8 GW entre 3,498 milhões de sistemas, sendo 74% na própria unidade e o restante de geração remota, segundo dados da Aneel. O universo de beneficiários por meio dos créditos das usinas ultrapassa 5 milhões de pessoas, num montante elegível de 93 milhões de consumidores. Na análise da ABGD, metade do mercado está em residenciais, seguida pelos comércios e depois o setor rural, que vem crescendo consideravelmente.

Evangelista também confirmou que a ABGD tem atuado junto ao ONS no desenvolvimento de mecanismos mais eficientes para uma visibilidade maior do Operador sobre o que acontece no sistema elétrico. “Hoje com a tecnologia os sistemas maiores de GD e até um pequeno produtor podem ver sua produção e consumo. Visibilidade existe, mas o ONS quer uma visão mais completa para análises preditivas”, comentou.

Novos inversores e baterias contra apagões

Já sobre a inserção de inversores de formação de rede para ajudar na questão da inversão de fluxo de potência, um dos principais obstáculos para crescimento da GD atualmente, a vantagem desses equipamentos é de gerar uma rede elétrica mais equilibrada, atuando mais como um mecanismo ou um ativo que vai ajudar no caso de uma perturbação na parte da transmissão.

“Vai ajudar que a energia solar não contribua com as falhas, mas protegendo e ampliando o poder do sistema, para no caso de um apagão como recentemente na Espanha, haja como uma ferramenta de proteção lá em cima”, explicou o vice-presidente da Associação, Carlos Felipe Café, que também participou da coletiva on-line.

Café ainda destacou que a aplicação contribui para os controles de frequência e nível de tensão, e que, do ponto de vista técnico e tecnológico, esses inversores combinados com baterias vão permitir uma maior observabilidade e controlabilidade do ONS. Por fim, ele ressalta que um estudo está sendo desenvolvido para debater a figura do operador do sistema de distribuição para um apoio nesse sentido, o que necessitará também de uma remuneração regulatória.

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