A demanda por energia no mês de janeiro de 2016 recuou 5,7% na comparação com o mesmo período de 2015. De acordo com o Boletim Mensal do Operador Nacional do Sistema Elétrico, a carga foi de 65.608 MW médios, sendo que a maior queda ficou com o submercado Sudeste/Centro-Oeste com 7,3%, seguido pelo Nordeste com redução de 6,1%, Sul com 4,5% e apenas o Norte com crescimento de 4,3%. No acumulado de 12 meses o resultado é de retração de 2,5% quando comparado ao mesmo período anterior.

O ONS explica que a retração acentuada no Sudeste/Centro-Oeste, onde se reportou no mês passado 38.451 MW médios, é o resultado da ocorrência de chuvas acompanhada de temperaturas amenas, além da baixa atividade econômica. Aliás, destacou o operador, a elevação das tarifas de energia vem se refletindo no padrão de consumo contribuindo para a redução da carga. E lembrou que a carga de janeiro do ano passado ainda não tinha o efeito da RTE, aplicada em março e foi sentida a partir de abril em todo o país. No acumulado de 12 meses a carga no Sudeste/Centro-Oeste apresentou queda de 4,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No submercado Sul a retração de demanda no acumulado de 12 meses é de 3,8%. Em janeiro foi registrada demanda de 11.860 MW médios. Essa queda na base de 12 meses é explicada também pela retração da economia. Já a queda de consumo em relação ao mesmo mês de 2015 reflete além do cenário econômico a condição climática da região com a ocorrência de chuvas, principalmente no início do mês.
Por sua vez, o resultado de 10.078 MW médios no Nordeste começa a demonstrar que a região também passa a apresentar os impactos da retração da economia, apesar de ainda no acumulado crescimento de 2,2% até o final de janeiro de 2016. Contudo, ressalta que os resultados também tiveram influência das chuvas verificadas nesse mês. No Norte o crescimento continua sendo influenciada por conta da integração de Macapá ao SIN desde outubro. No acumulado de 12 meses esse submercado apresenta variação positiva de 2,5% apesar de grandes consumidores eletrointensivos estarem com patamar de carga bastante reduzido desde 2014.